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    EFOMM » sexta-feira, 19 de outubro de 2012 »
    O X da questão… Máquinas ou Náutica?

    Essa matéria visa auxiliar na tão difícil escolha entre Máquinas ou náutica. Não vou “puxar a sardinha” para Máquinas, por ser a minha escolha. Bem, talvez sim. Pra começar, vou fazer um relato pessoal. Por que eu fui pra Máquinas?
    Eu deveria dizer que escolhi Máquinas porque corre óleo nas minhas veias e que jamais trocaria minha profissão por nenhuma outra. No momento, isto é uma realidade. Sou apaixonada por máquinas e não me arrependo nem um pouco da escolha que fiz. A cada coisa nova que eu aprendo, a cada dia que  se aproxima da minha praticagem e meu contato com a praça de máquinas vai se tornando mais real, mais eu gosto de vestir esse macacão. Isso é uma característica que eu observo na maioria das pessoas que resolvem seguir nessa carreira. Nós, maquinistas, somos apaixonados. Não estou dizendo que os pilotos não amem o que fazem. O que quero dizer, é que pra ser um bom maquinista, você tem que ser apaixonado pela máquina. As dificuldades em uma praça de máquinas são muitas (eu nem sei quantas!). Como em toda profissão, nem tudo serão flores. O que te sustentará ali, é a sua paixão. Gostar do que faz é imprescindível para qualquer profissional, principalmente para nós, mercantes.
    Mas, na verdade, escolhi máquinas por vários outros motivos. Aliás, quando tive que tomar essa decisão, eu não imaginava se gostaria ou não.  As diferenças entre pilotos e maquinistas são tantas, que não dá nem pra fazer comparação. Apesar disso,  temos um objetivo em comum: colocar o navio em operação (seja em viagem, seja atracar, seja carregar, seja fundear…). Isso sempre norteará nossas decisões a bordo. A grande questão é como você quer fazer isso. Se você quer planejar a rota, definir o rumo que o navio irá seguir, seja piloto. Se você quer cuidar da alma do navio, dar a ele condições de navegar, seja maquinista. Claro, ambos fazem muito mais coisa do que isso. Isso foi só o básico.
    O que posso dizer de máquinas, é um pouco do que aprendemos na escola. A rotina de um maquinista ainda é uma incógnita, e sempre será. Maquinista não tem rotina. A “graça” é essa, o dinamismo da profissão. E quando eu digo dinamismo, digo em um âmbito geral. Isso varia de navio para navio, de viagem para viagem, de operação para operação, de situação em situação, de tripulação em tripulação. Com relação à escola, aqui os alunos de máquinas aprendem “como as coisas funcionam”. Motores, geradores, bombas, compressores, medidores, redes e válvulas, enfim, tudo o que será necessário para entender como funciona o sistema de propulsão do navio, refrigeração, geração de energia, arrefecimento, controle, etc. Basicamente, tudo. O motor que vai fazer o navio se movimentar a vante ou a ré, a bombordo ou a boreste; as bombas que irão transferir cargas e combustível, além de bombas de lastro e de circulação; o guincho que vai arriar ou içar o ferro; o gerador que vai gerar energia pra bordo; o destilador, que vai “produzir” água doce; a refrigeração que vai conservar alimentos e dar conforto à tripulação; a automação e o sistema supervisório, que participará ativamente do controle das máquinas; além de todos os sistemas que darão apoio a isso tudo – arrefecimento, óleo lubrificante, óleo combustível, transformadores, etc.
    Uma das coisas que eu imaginava quando entrei pra escola e que hoje eu sei que é um mito, era que o curso de Máquinas era mais voltado para a área de exatas e de Náutica mais para a área de humanas. Por vezes, vi pilotos fazendo cálculos e mais cálculos, coisa que eu não fiz muito no curso de Máquinas. Maquinista opera motores, não projeta um motor. Quem faz isso é engenheiro, quem faz as contas “pesadas” é o engenheiro. Não quero dizer que estamos livres dos cálculos, só que estamos tão sujeitos a eles quanto os pilotos, estes até um pouco mais.
    Para finalizar, eu gostaria de sugerir a todos que façam uma busca com profissionais da área pretendida, que conversem com professores e alunos do APMA e APNT que estão fazendo curso na escola, para terem uma visão mais profunda. Não direcionem suas escolhas em mitos de que uma carreira é mais fácil do que a outra, ou porque a praticagem é menor ou que em uma você vai mandar mais. Como eu disse no começo, todas as profissões têm suas dificuldades e o que vai te sustentar é a sua paixão! Seja qual for a sua escolha, agarre-se de corpo e alma a ela, dedique-se, e lembre-se de que pra sempre você será um Oficial de Máquinas ou de Náutica da Marinha Mercante brasileira!

    Essa matéria visa auxiliar na tão difícil escolha entre Máquinas ou Náutica. Não vou “puxar a sardinha” para Máquinas, por ser a minha escolha.
    Bem, talvez sim. Pra começar, vou fazer um relato pessoal; Por que eu fui pra Máquinas?

    Pessoalmente, devo dizer que escolhi Máquinas porque corre óleo nas minhas veias e que jamais trocaria minha profissão por nenhuma outra. No momento, isto é uma realidade. Sou apaixonada por máquinas e não me arrependo nem um pouco da escolha que fiz. A cada coisa nova que eu aprendo,  cada dia que  se aproxima da minha praticagem,mais real fica meu contato com a praça de máquinas, mais eu gosto de vestir esse macacão.

    Essa é uma característica notável que observo na maioria das pessoas que resolvem seguir nessa carreira: Nós, maquinistas, somos apaixonados.
    Não estou dizendo que os pilotos não amam o que fazem,que fique claro. O que digo é que, para ser um bom maquinista, você tem que ser apaixonado pela máquina. As dificuldades em uma praça de máquinas são muitas (eu nem sei quantas!). Como em toda profissão, nem tudo serão flores. O que te sustentará ali, é a sua paixão. Gostar do que faz é imprescindível para qualquer profissional, principalmente para nós, mercantes.

    Mas, na verdade, escolhi máquinas por vários outros motivos. Aliás, quando tive que tomar essa decisão, eu não imaginava se gostaria ou não.  As diferenças entre pilotos e maquinistas são tantas, que não dá nem pra fazer comparação. Apesar disso,  temos um objetivo em comum: colocar o navio em operação (seja em viagem, seja atracar, seja carregar, seja fundear…). Isso sempre norteará nossas decisões a bordo. A grande questão é como você quer fazer isso. Se você quer planejar a rota, definir o rumo que o navio irá seguir, seja piloto. Se você quer cuidar da alma do navio, dar a ele condições de navegar, seja maquinista. Claro, ambos fazem muito mais coisa do que isso. Isso foi só o básico.

    O que posso dizer de máquinas, é um pouco do que aprendemos na escola. A rotina de um maquinista ainda é uma incógnita, e sempre será. Maquinista não tem rotina. A “graça” é essa, o dinamismo da profissão. E quando eu digo dinamismo, digo em um âmbito geral. Isso varia de navio para navio, de viagem para viagem, de operação para operação, de situação em situação, de tripulação em tripulação. Com relação à escola, aqui os alunos de máquinas aprendem “como as coisas funcionam”. Motores, geradores, bombas, compressores, medidores, redes e válvulas, enfim, tudo o que será necessário para entender como funciona o sistema de propulsão do navio, refrigeração, geração de energia, arrefecimento, controle, etc. Basicamente, tudo. O motor que vai fazer o navio se movimentar a vante ou a ré, a bombordo ou a boreste; as bombas que irão transferir cargas e combustível, além de bombas de lastro e de circulação; o guincho que vai arriar ou içar o ferro; o gerador que vai gerar energia pra bordo; o destilador, que vai “produzir” água doce; a refrigeração que vai conservar alimentos e dar conforto à tripulação; a automação e o sistema supervisório, que participará ativamente do controle das máquinas; além de todos os sistemas que darão apoio a isso tudo – arrefecimento, óleo lubrificante, óleo combustível, transformadores, etc.

    Uma das coisas que eu imaginava quando entrei pra escola e que hoje eu sei que é um mito, era que o curso de Máquinas era mais voltado para a área de exatas e de Náutica mais para a área de humanas. Por vezes, vi pilotos fazendo cálculos e mais cálculos, coisa que eu não fiz muito no curso de Máquinas. Maquinista opera motores, não projeta um motor. Quem faz isso é engenheiro, quem faz as contas “pesadas” é o engenheiro. Não quero dizer que estamos livres dos cálculos, só que estamos tão sujeitos a eles quanto os pilotos, estes até um pouco mais.

    Para finalizar, eu gostaria de sugerir a todos que façam uma busca com profissionais da área pretendida, que conversem com professores e alunos do APMA e APNT que estão fazendo curso na escola, para terem uma visão mais profunda. Não direcionem suas escolhas em mitos de que uma carreira é mais fácil do que a outra, ou porque a praticagem é menor ou que em uma você vai mandar mais. Como eu disse no começo, todas as profissões têm suas dificuldades e o que vai te sustentar é a sua paixão! Seja qual for a sua escolha, agarre-se de corpo e alma a ela, dedique-se, e lembre-se de que pra sempre você será um Oficial de Máquinas ou de Náutica da Marinha Mercante brasileira!

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