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    Cultura, Mundo, Navios » sábado, 14 de abril de 2012 »
    Titanic – o insubmersível

    Sem títuloInfelizmente, o naufrágio do Titanic não é apenas um romance que deu origem a um dos mais premiados filmes de Holywood, é uma história real que hoje, dia 14 de abril, chega ao seu centenário. Mas o que torna o acidente do Titanic tão famoso a ponto de estar presente na mente da população mundial 100 anos depois de seu ocorrido?

    A construção do Titanic iniciou-se em 31 de março de 1909 no estaleiro Harland & Wolff e custou cerca de 7,7 milhões de dólares a companhia White Star Line. O navio, que tinha capacidade para 3.500 pessoas, foi lançado ao mar no dia 31 de maio de 1911 e era, até então, o maior objeto móvel construído pelo homem.

    A única viagem do Titanic teve início no dia 10 de abril e tudo correu normalmente até as 23h40 do dia 14 de abril, quando os vigias avistaram um grande iceberg à frente do navio. O primeiro oficial tentou uma manobra, mas não houve tempo: menos de um minuto depois, ocorreu a colisão, abrindo um rombo no casco do navio.

    Comandante Edward Smith

    Comandante Edward Smith

    Quando o comandante Edward Smith percebeu que seu luxuoso navio havia sido seriamente comprometido, ordenou o envio de sinais de socorro e a evacuação do Titanic. Mas os 20 botes salva-vidas presentes no navio eram insuficientes para acomodar as 2.223 pessoas que estavam a bordo do transatlântico apesar de estar dentro da regulamentação inglesa para navios do porte do Titanic.

    Iniciou-se então a distribuição dos passageiros nos botes, embarcando prioritariamente mulheres e crianças. O primeiro bote foi ao mar com 37 lugares disponíveis, não por negligencia dos tripulantes, mas porque até aquele momento, muitos ainda não acreditavam que o imponente Titanic estivesse realmente em perigo.

    Às 2h20 do dia 15 de abril, a pérola da White Star Line, o orgulho da engenharia náutica foi completamente engolido pelo oceano Atlântico, levando consigo a vida de mais de 1.500 pessoas. Era o fim do mais rico e moderno transatlântico até então construído e apenas o início do martírio de seus outrora orgulhosos passageiros.

    A maioria das vítimas morreu de hipotermia. No desespero, muitos se atiraram no gélido mar, tentando se agarrar aos destroços do navio a fim de não morrerem afogados. Mas como o resgate demorou a chegar, os corpos não suportaram a temperatura de apenas 2ºC.

    Sem título1A tragédia poderia ter sido pior caso o Carpathia, transatlântico que viajava de Nova York para Gibraltar, não tivesse captado os pedidos de socorro do Titanic e alterado sua rota de imediato em direção à última posição conhecida do estreante no Atlântico. Antes mesmo de localizar o Titanic, o comandante Arthur Rostron, confiou à sua tripulação uma lista de 23 tarefas a fim de preparar o Carpathia para um eventual procedimento de resgate dos possíveis sobreviventes do naufrágio.

    O Carpathia recuperou catorze botes salva-vidas e só quando não havia mais esperanças de encontrar sobreviventes devido a baixa temperatura, o capitão decidiu voltar para Nova York a fim de desembarcar os sobreviventes do Titanic, que chegaram à cidade na noite de 18 de abril.

    Sem título3O Titanic era visto como “insubmersível”, um navio que ”o próprio Deus” não poderia afundar. A confiança na embarcação era tanto que, com o chegar das primeiras notícias sobre o acidente, ainda se afirmou que a embarcação permanecia flutuando, que nenhuma vida havia sido perdida. A população não acreditou no que ocorrera.

    Os construtores do Titanic queriam que ele fosse o mais veloz dos navios da época, essa pressão no comandante pode ter sido a verdadeira causa do acidente, já que o capitão recebeu diversas mensagens pelo telégrafo alertando sobre a presença de icebergs flutuantes na véspera da colisão optando por manter a rota e a velocidade, confiando na calmaria do oceano, e no tamanho da embarcação.

    Pode-se tirar boas lições com o incidente do Titanic. A primeira delas, eu diria, que é não desdenhar de Deus; a segunda, não confiar tanto na máquina, mesmo que ela pareça a mais forte, há sempre algo mais forte que ela; a terceira: não confiar na própria experiência nem na aparente placidez do mar, o oceano é fascinante, no entanto, traiçoeiro.

    Hoje em dia a tecnologia está muito mais desenvolvida, no entanto, se os comandantes e a tripulação dos navios não estiverem totalmente compenetrados nos seus deveres, não derem importância aos avisos de outras embarcações e do sistema de navegação, podemos ter uma tragédia da dimensão do que foi a do Titanic.

    http://www.naufragios.com.br/titanic.htm

    http://www.titanicsite.kit.net/historia.html

    http://veja.abril.com.br/historia/titanic/tragedia-naufragio-iceberg-mortos-causas-investigacao.shtml

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