• Fotos
  • TV!
  • Links
  • Projeto Memória
  • Sobre o Jornal Pelicano
  • Processo Seletivo EFOMM 2014

  • 2292
    Mundo » sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012 »
    Naufrágio do transatlântico Costa Concórdia

    size_590_Costa_Concordiacosta_concordiaO mar tem os seus segredos e perigos, se o comandante do navio não tiver a experiência, prudência, competência e responsabilidade necessária, acidentes graves podem acontecer como ocorreu, infelizmente, com o transatlântico Costa Concórdia, na Itália.

    O navio
    Construído pelo estaleiro Fincantieri – Cantieri Navali Italiani S.p.A. e operado pela companhia italiana Costa Cruzeiros, o Costa Concórdia navegava há apenas 6 anos. Na cerimônia de inauguração, a garrafa de champanhe – que tradicionalmente é lançada de encontro ao casco do navio como forma de “batismo” – não se quebrou, o que para os supersticiosos é um sinal de má sorte.

    Era um navio de cruzeiro voltado para a diversão, desporto de lazer e descanso, mais de 500 cabines, dispunha de varandas voltadas para o mar, a área para esportes ocupava uma área total de quase 2000 m², tinha 13 bares e simulador de corridas de Fórmula 1.

    O Costa Concórdia tinha lotação para cerca de 4890 pessoas (3780 passageiros e 1110 tripulantes) e dispunha de 26 botes salva-vidas. Naufragou em 13 de janeiro de 2012, após ter se chocado contra rochas junto à ilha de Giglio, gerando 32 vítimas entre mortos e desaparecidos além dos milhares de feridos.

    O Costa Concórdia adotava rígidas especificações em suas operações com o objetivo de proteger o meio ambiente, mantendo o ar e o mar limpos. No entanto, tais padrões de segurança ambiental não são válidos para casos de acidente assim, o navio ameaça jogar toda a sua gigantesca carcaça e 2,3 mil toneladas de combustível para o fundo do mar, numa região que é uma reserva ecológica.

    A causa do acidente: uma saudação aos moradores de Giglio
    Afirma-se que o comandante do navio quis saudar os moradores da ilha, por isso teria se aproximado tanto da costa. Tal informação é confirmada por Giussepe Tievoli, morador da ilha de Giglio e pai do chefe dos garçons, disse que seu filho lhe havia telefonado para avisar que o Costa Concórdia passaria rente à orla da ilha e buzinaria como forma de saudação. “O navio obviamente chegou perto demais”.

    O comandante
    Segundo alguns passageiros, o comandante Francesco Schettino era boêmio, só queria estar nos bares, cercado por mulheres e que ele estaria jantando com os passageiros quando ocorreu o acidente e que ele teria sido o primeiro a abandonar o navio.

    Muitos passageiros apontam a negligencia do comandante como a única causa do acidente e que “ainda que tivesse havido uma falha do sistema de navegação um marinheiro experiente teria de saber que é, no mínimo, traiçoeiro navegar àquela distância da costa”, observou o passageiro Rui Almeida. Francesco Schettino tentou se defender, negando que tenha havido imprudência na sua aproximação da ilha ou que ele tenha abandonado a embarcação, chegando a dizer que o rochedo não está assinalado nas cartas marítimas, fato esse muito pouco provável de ser verdade.

    A situação de Schettino está realmente complicada, segundo Rui Almeida “a própria tripulação técnica, os imediatos e os restantes elementos, duvidam da argumentação do comandante” que só é defendido pela família e pela companhia de cruzeiros. Schettino é, segundo a procuradoria de Grosseto, o vilão da história, ainda que as investigações estejam longe do fim. Ouvido durante horas, no sábado dia 17, ficou detido por “naufrágio, homicídio múltiplo e abandono do navio”. O procurador Francesco Verusio considera que fez uma “aproximação muito desajeitada a Giglio”, tendo por consequência o choque do navio contra o rochedo que o perfurou.

    A empresa Costa Cruzeiros informou que prestará toda a assistência necessária a Schettino, “mas precisamos admitir os fatos, e não podemos negar uma falha humana”, afirmou o executivo-chefe Pier Luigi Foschi. “Esses navios são super-seguros. É um fato excepcional, que foi imprevisível”, afirmou. Foschi disse que os navios da companhia são proibidos de chegar a menos de 500 metros da costa de Giglio. Investigadores dizem que a embarcação bateu em rochas a apenas 150 metros da ilha, mas segundo Schettino, o Costa Concórdia estava na distância regulamentar.

    Em nota, Bruno Leporatti, advogado de Schettino, disse que o comandante está “arrasado, perturbado e entristecido com a perda de vidas”, mas considera que conseguiu salvar muitas vidas ao realizar uma difícil manobra de emergência com as âncoras depois do acidente, o que deixou o barco mais perto da costa.

    Há acusações de que a tripulação e os tripulantes não teriam treinamento necessário para abandonar o navio. Foschi as nega mesmo tendo ocorrido cenas de pânico e caos depois da colisão. Havia a bordo cerca de 1.020 tripulantes de 38 países, mas a maioria trabalhava com alimentação e entretenimento, sem experiência específica com assuntos navais.

    Vítimas
    Apesar das várias horas de caos que se seguiram ao acidente e às denúncias de falhas nas operações de salvamento, a maioria dos 4,2 mil passageiros e tripulantes conseguiu se salvar, inclusive os 57 brasileiros que estavam a bordo, no entanto houve 32 vítimas.

    Foschi chamou os tripulantes de “heróis” e disse que eles reagiram corretamente. “Tivemos de retirar mais de 4,2 mil pessoas em circunstâncias difíceis, então toda a operação levou mais de duas horas. A razão para isso é que a inclinação do navio não nos permitiu usar ambos os lados para retirar as pessoas.”

    Um especialista em resgates que está em Giglio disse, sob anonimato, que o navio está claramente se mexendo, depois de inicialmente ficar imobilizado nas pontas das rochas. O mar agitado pode deixar os destroços à deriva, o que seria “um grande problema”, segundo ele.

    O barco está apoiado numa lâmina de cerca de 20 metros de água, mas pode cair a até 130 metros caso se solte das rochas. O bombeiro Cari disse que a equipe de resgate não consegue ouvir ruídos de possíveis sobreviventes dentro do navio semissubmerso. “Obviamente, quanto mais o tempo passa, há menos possibilidade de encontrar alguém com vida”, afirmou.

    Fontes
    Wikipedia
    O País
    G1

    Comentários

    1. Cleonice disse:

      Infelizmente ocorreu esse episodio um passeio que virou um pesadelo, muito bom o artigo relatado pela Aluna Gicelle Quintão..

    2. Janine disse:

      Que pesadelo..Bom relato da Aluna Gicelle Quintão.